Faleceu hoje, dia 23 de janeiro de 2017, Dorian Gray Caldas, artista multicultural por excelência.
A arte sempre permeou os caminhos de Dorian Gray. Ainda enquanto criança já rabiscava os primeiros traços do que viriam a ser verdadeiras obras de arte. “Eu não escolhi as artes plásticas, na verdade eu fui escolhido por ela, foi um chamamento para que eu completasse minha fantasia de infância. Minha ligação com o objeto externo sempre existiu”, explica o artista que além da sua vocação, contou ainda com influência de seus pais e de seu tio, o pintor e retratista Moura Rabello.
A primeira exposição pública aconteceu na década de 50, com Newton Navarro, Dorian Gray e Ivon Rodrigues no II Salão de Arte Moderna de Natal, e revolucionou o período com trabalhos que fugiam ao comum da época, a partir de expressões abstracionistas e influências do movimento modernista brasileiro.
A partir daí expôs pelo Brasil e em diversos países do mundo, o que lhe rendeu importantes prêmios como o Grand Prix da Bélgica, Prêmio Portinari, SESC Centenário de Pintura, Prêmio de Aquisição no BIRD e na Alemanha, dentre outros.
Dorian Gray também se destacou no desempenho de funções públicas de caráter cultural como Assessor da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte (1967-68) e da Fundação José Augusto (1974), Conselheiro e Membro do Conselho Estadual de Cultura (1967 – 73), Diretor do Teatro Alberto Maranhão (1967 – 68) e da Escolinha de Arte Candido Portinari (1967 – 68).
Em 2008, recebeu o título de doutor Honoris causa concedido pelo conselho universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Assim podemos definir em poucas palavras o artista, que soube desenvolver com maestria as artes plásticas, a escultura, a tapeçaria, o jornalismo, o ensaio, a poesia entre outras formas de expressão artística.
“No cenário das Artes e da Cultura Norte-rio-grandenses, Dorian Gray Caldas é, sem contestação, nome de altíssimo valor” Deladier Pessoa Cunha Lima.
Fontes:
CALDAS, Dorian Gray. Artes Plásticas do Rio Grande do Norte. Natal: EDUFRN, 1988.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/acervo-de-um-mestre/147566