A UFRN, por meio do seu Núcleo de Arte e Cultura da UFRN e de todos que respeitavam e admiravam o grande artista Abraham Palatnik, lamenta profundamente sua morte ocorrida no dia de hoje, no Rio de Janeiro. Nascido em Natal, em 1928, mas morando no Rio de Janeiro, é considerado um grande nome da arte cinética, o que o permitiu receber o título de Dr. Honoris Causa da UFRN em 2012 – homenagem dada em função da sua contribuição enquanto pesquisador e pioneiro no emprego da tecnologia nas artes visuais. Palatnik se projetou internacionalmente a partir da 1ª Bienal de São Paulo (1951), com seu trabalho artístico relacionado à ciência e tecnologia.

Sobre a biografia do artista
Abraham Palatnik (Natal RN, 1928). Artista cinético, pintor, desenhista. Em 1932, muda-se com a família para a região onde, atualmente, se localiza o Estado de Israel. De 1942 a 1945, estuda na Escola Técnica Montefiori em Tel Aviv e se especializa em motores de explosão. Inicia seus estudos de arte no ateliê do pintor Haaron Avni e do escultor Sternshus e estuda estética com Shor. Freqüenta o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, entre 1943 e 1947. Retorna ao Brasil em 1948, e se instala no Rio de Janeiro. Convive com os artistas Ivan Serpa (1923 – 1973), Renina Katz (1926) e Almir Mavignier (1925). Com este último frequenta a casa do crítico de arte Mário Pedrosa (1900 – 1981) e conhece o trabalho da doutora Nise da Silveira (1905 – 1999), no Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro. O contato com os artistas e as discussões conceituais com Mário Pedrosa fazem Palatnik romper com os critérios convencionais de composição, abandonar o pincel e o figurativo e partir para relações mais livres entre forma e cor. Por volta de 1949, inicia estudos no campo da luz e do movimento, que resultam no Aparelho Cinecromático, exposto em 1951 na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, onde recebe menção honrosa do júri internacional. Em 1954, integra o Grupo Frente, ao lado de Ivan Serpa, Ferreira Gullar (1931), Mário Pedrosa, Franz Weissmann (1911 – 2005), Lygia Clark (1920 – 1988) e outros. Desenvolve a partir de 1964 os Objetos Cinéticos, um desdobramento dos cinecromáticos, mostrando o mecanismo interno de funcionamento e suprimindo a projeção de luz. O rigor matemático é uma constante em sua obra, atuando como importante recurso de ordenação do espaço. É considerado internacionalmente um dos pioneiros da arte cinética. http://www.natalnet.br/palatnik/abraham.html