Boletim Especial da UFRN – Ano III – Número 60 – Natal/RN, 12 de setembro de 2013
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Cultura

Por Rozana Ferreira

Ariano Suassuna afirma que “Diversidade é riqueza”. Com essa frase é possível traduzir o que o Grupo Parafolclórico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tem feito ao longo de seus 22 anos de existência: destacar a diversidade cultural brasileira. Essa ênfase está intimamente ligada à memória, uma vez que a disseminação das diferentes danças populares são fatores importantes para a preservação das tradições locais.

Criado em 1991, o grupo surgiu após uma mudança na grade curricular do curso de Educação Física, com a inserção da disciplina Folclore. Rita Luzia Santos, professora do Departamento de Educação Física (DEF) da UFRN e idealizadora da iniciativa, conta que os alunos começaram a demonstrar grande interesse pela cultura popular e que, a partir das várias descobertas, nasceu a ideia de criar um grupo que representasse as manifestações culturais do Nordeste. Inicialmente, foi trabalhada a releitura das danças folclóricas do Rio Grande do Norte.

Fotos: Wallacy Medeiros

Famoso por fazer ressignificações de danças tradicionais, o Grupo Parafolclórico participou de diversos festivais em vários estados do Brasil, tendo também reconhecimento internacional em passagens por países como Alemanha, Portugal, Espanha, China e Paraguai

Famoso por fazer ressignificações de danças tradicionais, o grupo participou de diversos festivais em vários estados do Brasil, tendo também reconhecimento internacional em passagens por países como Alemanha, Portugal, Espanha, China e Paraguai. Além disso, o Parafolclórico interage com a comunidade, pois ultrapassa os muros da Universidade e gera constantes trocas de experiências entre meio acadêmico, produção cultural e população local.


Rita Luzia Santos, professora do Departamento de Educação Física (DEF) da UFRN e idealizadora da iniciativa, conta que os alunos começaram a demonstrar grande interesse pela cultura popular e que, a partir das várias descobertas, nasceu a ideia de criar um grupo que representasse as manifestações culturais do Nordeste

O grupo é classificado como um projeto de extensão da UFRN, mas também agrupa atividades de ensino e pesquisa, servindo como estágio supervisionado para os estudantes do curso de Educação Física. Um dos seus objetivos é pesquisar as manifestações tradicionais do Brasil e difundi-las por meio da linguagem própria da dança. Surgem assim novas releituras e outras formas de expressar a tradição popular.

Para Rosie Marie Medeiros, diretora artística do Parafolclórico, é importante para a Universidade trabalhar elementos populares por meio das danças. “Costumamos dizer que nos aproximamos do povo quando a cultura é apresentada em diferentes contextos, já que não trabalhamos apenas a tradição do Rio Grande do Norte, mas de todo o país”.

Entre as novidades está o espetáculo “Ensaiei o meu samba o ano inteiro”, que é composto por diversas vertentes do estilo homenageado em seu nome. “Porque o samba faz parte do Brasil, não é só uma expressão do carioca, nem só do Rio de Janeiro, mas de todo o país”, completa Rita Luzia.

Nessa nova atuação, o público vai conhecer a evolução histórica do samba desde suas origens com o lundu até a atualidade. A apresentação não se limita ao samba-enredo, modalidade famosa pelos desfiles de carnaval, mas abrange todos os estilos em diferentes conjunturas.

Um recorte desse trabalho será exibido na Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (CIENTEC) deste ano, integrando a programação cultural do evento, que acontece de 22 a 25 de outubro, no campus central da UFRN.

Conhecendo o grupo Parafolclórico

A seleção acontece uma vez ao ano, com exceção de 2013, que contou com um processo seletivo extra para composição do elenco masculino, um dos obstáculos enfrentados, pois ainda existe certo preconceito por parte dos homens em relação à dança, segundo a Rita Luzia.

Em média, 30 artistas compõem o elenco, entre estudantes e professores da UFRN, direção e pessoas da comunidade em geral, com certa rotatividade, uma vez que em muitos casos, os alunos se formam ou cursam disciplinas no horário dos ensaios, que chegam à duração de 12 horas semanais.


Um recorte desse trabalho será exibido na Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (CIENTEC) deste ano, integrando a programação cultural do evento, que acontece de 22 a 25 de outubro, no campus central da UFRN

Rosie Marie está no grupo há 12 anos e já desempenhou diversas funções nesse período. Foram sete anos como bailarina, um ano como assistente de direção e quatro na direção artística, posto que ocupa atualmente junto com Fátima Sena, professora do Ballet Municipal de Natal.

Para a montagem de cada show são necessários, em média, dois anos para ensaios, montagem de figurino e cenário. Ainda assim o grupo mantém uma rotina de apresentações, conciliando com as demais atividades.

Um pouco de samba

O samba, além de ser o gênero musical mais popular no Brasil, é muito conhecido no exterior e está associado, assim como o futebol e o carnaval, ao nosso país. Esses foram requisitos motivadores para a pesquisa e escolha do estilo para compor o novo espetáculo do Parafolclórico.

De origem africana, o termo samba tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente, adaptados à realidade dos escravos brasileiros e, ao longo do tempo, sofreu inúmeras transformações de caráter social, econômico e musical até atingir as características conhecidas hoje.

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